«Diz o ditado japonês que ‘aquele que sobe o Monte Fuji uma vez é sábio, aquele que o sobe segunda vez é tonto’. Pois, Doug Szwarc subiu-o 4 vezes seguidas … em 24 horas …. Este tenente da marinha americana, destacado na base naval de Yokosuka (Japão), e 3 companheiros, lançaram-se neste empreendimento no dia 1 de Setembro de 2008. Pretendiam bater o recorde do ano anterior – 3 subidas em menos de 24 horas e 5.000 $Usd de donativos recolhidos, e doados em forma de equipamento ao Orfanato ‘Shunkou Gakuen’. Então, Szwarc e DeGroot subiram 3 vezes ao cume da montanha mais alta do Japão (3.776m), em 23h38m. O novo desafio, ‘4 em 24’ (4 subidas em 24h), equivale à subida do Kilimanjaro num só dia e não representa “um mero acto de vaidade”, como disse Raney, um dos participantes. É que os militares pretendem também alcançar os 10.000 $Usd em donativos, que reverterão para caridade. Este evento recebeu particular atenção dos media japoneses, e contribuio para o estreitamento de laços de amizade entre comunidades japonesas e americanas.»
Este é um parágrafo do meu próximo livro. Demonstra como ‘desporto e viagens de aventura’ estão a evoluir para um novo paradigma: fazer alguma coisa pelo planeta e pelos outros … Chamamos-lhe ‘desporto de intervenção’. É um pouco isso que pretendemos com o projecto Ice Care (actualizações em http://icecare.blogs.sapo.pt/).
Entretanto, na minha última viagem para a Suiça, passei na região de Auvergne (no centro de França) - um nicho de concentrado de vulcões. São mais de 80! Esta cadeia de vulcões única na Europa, representa um conjunto geológico assinalável pois crateras e abóbodas estão pouco erodidas e conservam as suas formas originais. Além dos vulcões, inactivos, o Parque Natural Regional dos Vulcões de Auvergne, uma área de 395.000 hectares, com 670km de caminhos balizados, concentra nascentes como a das águas minerais Volvic, lagos como o Lastioulles ou o Pavin, este com 800 metros de diâmetro e 92 de profundidade, também ele a cratera de um antigo vulcão, aldeias tipicas e castelos …. No centro deste parque, ergue-se o mais elevado vulcão – o Puy de Sancy (1.886m), um strato-vulcão com 1,2 milhões de anos. A cadeia de Puys, onde sobressai o Dôme, é de formação muito mais recente (entre 100.000 e 7.000 anos). Mais em http://www.parc-volcans-auvergne.com/. Numa tarde de céu limpo subi a 3 deles (mais fotos em http://www.facebook.com/album.php?aid=130398&id=613684777&l=09b75cbe22 ): o Montchal (1.411m), o Puy Dôme (1.465m) e Pariou. O Dôme é um simbolo na região, visitado por mais de 400.000 pessoas/ano, sendo que algumas optam por subir a pé e descer com um guia em parapente.
Com estas subidas fáceis, de pouco mais de uma hora cada, mantive-me em forma para o que se seguia (viagem Ice Care) e elevei para 15 o número de cumes de vulcões visitados, incluindo o Kilimanjaro, os Capelinhos e o Pico (nos Açores), Fira, na Grécia, ou Kilauea no Hawai. O Monte Fuji ainda não consta na minha lista ...
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