(continuaçao...)
«Outras histórias do Denali dizem que foi avistado um esquilo a 3.900 metros de altitude, numa passagem rochosa pela qual estávamos a progredir, e que ficou conhecida como ‘squirel point’ (ponto do esquilo). A mais extraordinária, no entanto, fala de um urso que foi avistado no Tahiltna Pass, a subir na direcção do campo 4. Depois, … desapareceu !!! Crê-se que terá caído numa crevasse, das muitas que abundam por alí.
Um passo depois do outro. É preciso continuar. Lembro-me de uma conversa com um colega de trabalho, um psicólogo com quem fazia equipa, enquanto consultor na Egor: este preguntou-me em que pensavam os atletas enquanto corriam a maratona. Imagino que a sua mente divaga entre recordações e pensamentos positivos, alternando com pensamentos e palavras de auto-motivação para seguir o seu objectivo. Talvez seja diferente com os profissionais. Talvez estes consigam manter-se focados no seu objectivo durante todo o tempo, ignorando as dores e dificuldades !? Mas penso que não. Fá-lo-ão por mais tempo, mas não todo o tempo, e utilizarão estratégias para manter a sua mente ocupada, alternadamente entre o objectivo e alguma coisa positiva. Esta é, pelo menos, a minha experiência pessoal, mas eu não sou profissional, nem tenho acompanhamento de peritos …
Continuo. Um, dois, um, … De súbito, quase a chegar ao Windy Corner, parece que cheiro carne grelhada !?! Ahh! “Não pode ser!”, concluí, depois de levantar repentinamente a cabeça. Estava claro que tinha sido traído pelos meus sentidos, e nem tentei localizar a fonte de tal ilusão odorifera. E muito menos procurei tentar encontrar uma resposta para tal fenómeno, provávelmente do foro do subconsciente, para não dizer paranormal. O melhor mesmo era sair daquela zona perigosa do cérebro, pois carne grelhada era algo que certamente não iria provar nas próximas duas semanas…»
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