A ONU juntou em Genebra 2500 peritos de todo o mundo na conferência da Organização Meteorológica Mundial para debater o futuro pós-Quioto. Enquanto isso, na cimeira de Tripoli (Líbia) os países africanos definiam uma posição comum para a cimeira de Dezembro em Copenhaga: “os países pobres precisam de receber ajuda, para se adaptarem” (DN, 02.09.09). Um relatório das Nações Unidas estima em 600 mil milhões de dólares (1% do PIB mundial e 30 vezes mais do que está a ser gasto actualmente com o problema) o valor anual necessário pelos países mais atrasados para que adoptem as tecnologias que permitem reduzir os gases que provocam o efeito de estufa, “responsáveis pela perturbação do clima do planeta”. Os autores defendem um “apoio maciço”, sob a forma de investimento a nivel mundial, para conseguir um crescimento sustentável e mais “limpo”.
Ao mesmo tempo, no Nepal, os países dos Himalaias discutem os riscos das alterações climáticas para os glaciares de montanha. Este é também o alerta que o projecto Ice Care pretende disseminar (http://icecare.blogspot.com/). A próxima expedição, aos glaciares do Kilimanjaro em África, está programada para coincidir precisamente com o início da cimeira de Copenhaga.
Entretanto, a revista Dirigir (2º trimestre 09) assinalava várias ‘ideias verdes’ e ‘tendências’ cujo deselvolvimento pode contribuir para atenuar o paradigma do século – “melhorar a qualidade de vida sem destruir o meio ambiente nessa tentativa” (NG 2008, ‘El pulso de la Tierra’): um aeroporto de Liverpool pretende experimentar uma tecnologia inovodora, reciclando o ar expirado pelos passageiros e convertendo-o em biocombustivel a usar por veículos a diesel; uma empresa desenvolveu o conceito ‘solar road panels’, para pavimentar estradas de forma a captar e armazenar energia solar para fornecer a unidades comerciais e residenciais (www.greencarcongress.com/2009/02/solarroadways.html); investigadores descobriram uma forma de produção de hidrogénio à temperatura ambiente utilizando aglomerados de alumínio (http://feedproxy.google.com/~r/SiteinovacaoTecnologica/~3/AVwrWUDdlGo/noticia.php). Os EUA delinearam programas de eficiência energética que, se aplicados, levariam a uma redução de 22% na taxa de crescimento da utilização de energia em 2030; em 2005 o governo sueco realizou um estudo visando o fim da sua dependência do petróleo (http://www.leonardo-energy.org/call-oil-independence-â-highligts-needenergy-efficiency). Recentemente também a “Eslovénia anunciou que 2/3 do seu território são área protegida, e as ilhas Maldivas anunciaram o abandono total do uso de energias fósseis” (excerto do meu novo livro ‘Os novos exploradores e a aventura dos sentidos’).
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